O que torna alguém líder?

Todo mundo tem uma certa noção do que é a liderança. Mas, o que torna alguém líder? E quais são as principais características da liderança? Responderemos à essas perguntas aqui neste artigo.

A liderança pode ser definida como a capacidade de influenciar pessoas, de proporcionar sinergia em um grupo, bem como orientá-los em direção a metas comuns.

O exercício da liderança não necessariamente está vinculado a um cargo de gestão. Ou seja, nem sempre um líder é um gestor. Liderança é um estado de “ser” e não de possuir um cargo de chefia ou coordenação.

As características da liderança podem ser desenvolvidas e estão presentes não só no mundo corporativo, como em nossas vidas pessoais. Veja o caso de nossos pais quando nos orientavam e nos influenciavam em nossos comportamentos. Afinal, quem nunca ficou de castigo por ter feito alguma traquinagem?

Também já tivemos colegas na escola que exerciam forte papel de liderança em um grupo, dando orientações, influenciando sobre o que fazer e como fazer.

Assim, líderes podem surgir fora das estruturas formais de hierarquia de uma organização, já que a liderança é uma ação e não uma posição.

“Líderes são capazes de criar planos para alcançar os objetivos, orientar processos, criar estru­turas organizacionais eficazes e acompanhar e avaliar as operações do dia a dia”.

E as principais características que podem tornar alguém líder são:

Inspirador

Os líderes são fonte de inspiração para os liderados que buscam um caminho para o crescimento profissional. Por isso, bons líderes mantêm suas ações congruentes com suas palavras. Lideram pelo exemplo, exigem atitudes de acordo com o que praticam no dia a dia. Afinal, não adianta exigir que todos sejam pontuais, se você mesmo sempre chega atrasado em seus compromissos.

Confiante e flexível

Muitos chefes, por insegurança, ameaçam suas equipes, estabelecendo a regra do “eu mando e você obedece”. Porém, verdadeiros líderes são aqueles que encorajam seus liderados a serem participativos.

Assim, é essencial que o líder transmita confiança, não só pela sua postura, mas também pela relação estabelecida com cada um dos seus liderados, sem esquecer, obviamente, da flexibilidade para lidar com as questões individuais de cada um.

Empreendedor e criativo

Estimule um ambiente colaborativo, propício à inovação. Incentive seus colaboradores a trazerem novas ideias e soluções às suas atividades no dia a dia. Assim, a equipe sente que está impactando de maneira positiva o crescimento da empresa, tornando-se mais motivada a desempenhar seu papel com excelência.

Promove relacionamentos construtivos

É somente pelo esforço coletivo do trabalho em equipe que teremos resultados extraordinários. O bom funcionamento do grupo vai depender do relacionamento construtivo que o líder criar, propiciando assim em que todos podem complementar suas habilidades, além de saber trabalhar com suas diferenças.

Estratégico e assertivo

Empresas são resultados de pessoas. Assim, a melhor estratégia de um líder é saber identificar e utilizar os talentos de seu time. Outro ponto a se destacar é a importância no desenvolvimento de métodos que aperfeiçoem os processos de trabalho.

Desenvolve novos líderes

Além de se preocupar em preparar os liderados para futuras oportunidades na empresa e desenvolver as competências de liderança em seus profissionais, o líder deve incentivá-los a estarem sempre em evolução.

Resiliente

Um líder altamente valorizado por uma organização é aquele que lida da melhor forma com adversidades, pressões e stress, e que é capaz de atravessar situações de crise sem entrar em pânico.

Dessa forma, é essencial que os profissionais que ocupam cargos de liderança sejam resilientes, já que nesta posição estarão expostos a inúmeros os desafios que surgirão. E também, um bom líder não deve se deixar abater pelos percalços do caminho.

Comunica-se com eficácia

Bons líderes devem ser bons comunicadores, pois estarão a todo momento trocando informações com as pessoas ao seu redor, e em especial com seus liderados.

Assim, o líder deve deixar bem claro quais são suas expectativas com relação a seus liderados. Deve manter um canal de comunicação aberto, para que seu time se sinta à vontade para expor suas ideias, sugestões e críticas. Além disso, deve dar feedback constante sempre visando a melhoria de desempenho de cada um.

Reconhece o trabalho e esforços de todos

O bom líder é aquele que sabe que resultados extraordinários são decorrentes dos esforços de todas as pessoas que estão envolvidas no trabalho. Assim, fazem propaganda positiva de seus times, oferecendo os louros do sucesso ao bom desempenho.

Sabe delegar

O líder de excelência identifica o talento de cada um dos seus liderados, de forma a delegar as tarefas de acordo com cada habilidade. Fazendo isso, ele garante que todos estejam trabalhando de forma a obter o seu melhor desempenho.

Foca sempre no positivo

Por terem uma resiliência e uma inteligência emocional muito bem desenvolvidas, esses líderes tentam focar no lado positivo das adversidades.

É claro que tais líderes sofrem com as experiências negativas, porém, o seu grande diferencial, é que conseguem ver o lado positivo, ou seja, o que tais acontecimentos podem trazer de bom e quais são as lições a serem aprendidas para que não cometam o mesmo erro no futuro.

Responsabiliza-se também pelos erros e fracassos

Um bom líder conta com seus liderados para o alcance de resultados extraordinários. No entanto, ele sabe que se algo não sair conforme o planejado quem deve ser responsabilizado, em primeiro lugar, deve ser ele mesmo. Ou seja, eles sabem que da mesma forma que conduzem suas equipes ao sucesso, eles também têm participação ativa caso algum problema aconteça.

Fontes:

Nicolazzi, Emanuella Melina da Silva. Líder Coach. São Paulo: SENAC, 2019.

BENDASSOLI, P. F.; MAGALHÃES, M. O.; MALVEZZI, S. Liderança nas Organizações. In: ZANELLI, J. C.; BORGES-ANDRADE, J. E.; BASTOS, A. V. B. Psicologia, Organizações e Trabalho no Brasil. 2.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014.

BANDLER, R.; GRINDER, J. Resignificando: programação neolinguística e a transformação do significado. São Paulo: Summus, 1986.

ROBBINS, S. P.; JUDGE, T, A. Fundamentos do comportamento or­ganizacional. 12. ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 2014.

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